ANÁLISE: Palmeiras supera duro desafio na Libertadores com a sensação de que o pior já passou

Verdão bateu o Barcelona-EQU, fora de casa, e deixou sua vida no Grupo C mais tranquila em busca da classificação

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Palmeiras foi a seis pontos em sua chave e tem mais nove a disputar na Libertadores (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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Na última quarta-feira, o Palmeiras venceu o Barcelona-EQU por 2 a 0, fora de casa, e respirou tranquilidade no Grupo C da Libertadores. Depois de perder em sua estreia para o Bolívar-BOL, na altitude de La Paz, e ver a chave embolada, o Verdão passou por mais um duro desafio que pode facilitar a vida do time pensando na classificação para as oitavas de final. Se nada ainda está ganho, a sensação é de que o pior já passou.

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Enfrentar uma dura viagem para Guayaquil, no Equador, em meio a uma maratona que envolveu um Dérbi no último domingo, já não seria fácil. Muito menos com a necessidade de conquistar um resultado positivo para melhorar sua situação na tabela do grupo, sabendo que o Bolívar, seu algoz, havia vencido o Cerro Porteño por 4 a 0, em Assunção. Sem contar a força do Barcelona, que também precisava do placar a seu favor.

Não é à toa que o time da casa buscou sufocar o Palmeiras nos primeiros minutos e até chegou a dar alguns sustos, tomando proveito de um gramado pesado, que não permitia a bola correr e no qual os palmeirenses demoraram a se adaptar. Fora isso, a equipe equatoriana mostrava um jogo forte, de imposição física, que não permitia muitos movimentos ao Verdão. Acontece que a qualidade técnica alviverde era bastante superior e, com um show de Raphael Veiga, foi possível abrir 2 a 0 no placar e se dar ao luxo de perder tantas outras oportunidades, como de praxe.

Houve tempo ainda para testar a resistência defensiva em uma típica partida de Libertadores, com direito a falhas coletivas, individuais, bate e rebate na área, e grandes defesas de Weverton, que também contou com a trave. Talvez o Palmeiras tenha corrido riscos demais em um jogo que estava em suas mãos, mas ao mesmo tempo mostrou que, de fato, está na competição e pronto para brigar por mais um título.

Depois de ser derrotado por 3 a 1 pelo Bolívar, quando usou reservas na altitude, e de precisar fazer um esforço tremendo para virar um jogo diante do Cerro Porteño, no Morumbi, ainda faltava o cartão de visitas palmeirense nesta edição da Liberta. O duelo da última quarta-feira com o Barcelona era um desses jogos para marcar presença, talvez o desafio mais difícil de ser enfrentado. O time de Abel encarou e passou no teste de fogo, ficando com a sensação de que o pior já passou nesta fase de grupos, onde o Palmeiras ainda não está com a vida encaminhada.

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No entanto, embora o grupo permaneça mais embolado (Bolívar e Palmeiras têm seis pontos cada), é difícil negar que o caminho ficou um pouco mais fácil. A viagem para Assunção, na próxima rodada, é tranquila e vai pegar um Cerro Porteño-PAR traumatizado pela goleada sofrida para os bolivianos. Depois, contra Barcelona e Bolívar, em casa, serão oportunidades mais do que perfeitas para fazer seis pontos e garantir a vaga nas oitavas de final. Pela qualidade do trabalho, pelo nível técnico e pelos adversários, não dá para não apontar o Verdão como favorito.

Sendo assim, a comissão agradece também a condição de pensar com mais calma nas estratégias para a disputa das outras competições em paralelo, como Brasileirão e Copa do Brasil. Depois de mais uma vitória na Liberta, foi praticamente descartada uma pressão em cima da competição para as próximas semanas, que serão dedicadas para outros compromissos mais próximos de mata-mata e pontos corridos.

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